Uma das vantagens de construir a cidadela em um lugar tão alto é que a isola de avalanches e deslizamentos de terra, muito comuns na região sul-americana.
Machu Picchu permaneceu escondido por vários séculos, até que há cerca de 100 anos foi descoberto na densa selva dos Andes. Trata-se de uma das maiores realizações arquitetônicas da humanidade.
Surgiu uma nova explicação do porquê Machu Picchu está localizado em uma zona de difícil acesso, no topo de uma colina e com perfeita integração com a paisagem, durante a conferência anual da Sociedade Geológica dos Estados Unidos, na segunda-feira (23).
Resultados de uma análise geoarqueológica detalhada sobre incas terem construído esta e outras cidadelas em locais onde são encontradas falhas tectônicas foram presentados pelo geólogo Rualdo Menegat, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
O que a pesquisa trouxe de novo?
O geólogo brasileiro combinou dados de imagens de satélite e medições para compilar uma densa rede de fraturas e falhas que atravessam a área.
A análise indica que essas características variam muito em escala, desde pequenas fraturas visíveis em pedras individuais a grandes linhas de 175 quilômetros de comprimento que controlam a orientação de alguns dos vales fluviais da região.
Os edifícios e escadarias individuais, bem como zonas urbanas do santuário e os campos agrícolas circundantes, estão orientados na direção destas falhas tectônicas, diz o estudo de Menegat.
Vantagem utilizada pelos incas se trata da canalização natural da água oferecida pelas rochas, já que as falhas direcionam o descongelamento abundante.
Além disso, a construção do santuário em um local tão alto também teve a vantagem de proteger o local de avalanches e deslizamentos de terra, perigos comuns no ambiente andino.
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