Se uma civilização antiga e avançada realmente prosperou antes do cataclismo há 12 800 anos, não teria podido desenvolver-se nas extensões geladas da Europa ou da América do Norte, que na altura estavam cobertas por espessas camadas de gelo. O único refúgio possível? A faixa equatorial, um corredor de vida num mundo de outro modo inóspito.
Hoje, surgem indícios perturbadores. Na Indonésia, o sítio de Gunung Padang revela estruturas megalíticas estratificadas, datando de quase 28 000 anos, numa época em que, segundo a ciência oficial, a humanidade ainda vivia em simples tribos de caçadores-recoletores. No entanto, alguém construiu aqui com uma precisão geométrica e conhecimentos técnicos inexplicáveis.
Do outro lado do globo, na América do Sul, as grutas de Pedra Furada (Brasil) e Chiquihuite (México) contêm artefactos e vestígios que remontam a presença humana a mais de 33 000 anos. Mas o verdadeiro mistério reside no ADN: populações como os Suruí e os Karitiana partilham marcadores genéticos com grupos do Sudeste Asiático e da Oceânia, uma ligação impossível de estabelecer através das migrações convencionais.
Como explicar essas correspondências? Certamente não por viajantes ocasionais em canoa. Se os europeus, com os seus navios, só chegaram às Américas em 1492, como podiam povos antigos ter atravessado os oceanos dezenas de milénios antes?
A resposta poderia reescrever a história: uma civilização equatorial global, que floresceu antes do cataclismo, capaz de navegar pelos mares e de se espalhar pelas terras emergidas mais hospitaleiras. Uma cultura avançada, hoje apagada pelo tempo, mas cujas vestígios permanecem nos megalitos, nos símbolos repetidos em continentes distantes e até mesmo no nosso sangue.
Talvez não estejamos a descobrir algo desconhecido. Podemos estar a fazer ressurgir a memória de um mundo perdido, enterrado não só sob a terra, mas também sob o peso de uma história esquecida.
O artigo continua no livro *ANTES DE NÓS, HOUVE ALGUÉM*.