terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Militares mortos na Antártica são homenageados no Rio

Vice-presidente Michel Temer abriu a cerimônia, ao som do Hino Nacional.

Suboficial e primeiro-sargento serão promovidos a segundo-tenente. 


Janaína Carvalho
Do G1 RJ

Militares são homenageados no Rio (Foto: Janaína Carvalho/G1)

Militares são homenageados no Rio
(Foto: Janaína Carvalho/G1)
Ao som do Hino Nacional, o vice-presidente da República, Michel Temer, abriu a cerimônia de homenagens póstumas ao suboficial Carlos Alberto Vieira Figueiredo e o primeiro-sargento Roberto Lopes dos Santos. A cerimônia acontece na Base Aérea do Galeão, na Ilha do Governador, no Rio, e conta com a presença do ministro da Defesa, Celso Amorim, um representante do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, entre outros representantes das Forças Armadas.
Os corpos dos dois militares, mortos num incêndio na Estação Comandante Ferraz, na Antártica, chegaram ao Rio por volta das 9h. O avião que trouxe os militares é um Hércules C-130 da FAB.
Bastante emocionado um parente do primeiro-sargento Roberto Lopes dos Santos passou mal no início da homenagem. O vice-presidente e os ministros cumprimentaram os familiares das vítimas que estão no local.

Promoção

As vítimas serão promovidas ao posto de segundo-tenente; admitidas na Ordem do Mérito da Defesa, no grau Cavaleiro, honraria concedida pela presidente Dilma Rousseff; e agraciadas com a Medalha Naval de Serviços Distintos, dada pelo comandante da Marinha, almirante-de-esquadra Julio Soares de Moura Neto, que também participa da solenidade.
Peritos investigam incêndio
Os peritos que vão investigar as causas do incêndio que destruiu a base de pesquisas científicas da Marinha brasileira já estão na Antártica.
O avião da FAB (Força Aérea Brasileira) que foi para a base chilena Eduardo Frei resgatar o corpos dos dois militares que morreram na estação brasileira na Antártica levou o embaixador brasileiro no Chile, integrantes da diplomacia e militares. Todo mundo divide espaço com suprimentos, caixas, roupas, equipamentos de comunicação e comida para os 12 militares que estavam na estação na hora do incêndio e que foram levados para a base chilena.
O capitão Fernando Coimbra, chefe da estação brasileira na Antártica, diz que não houve explosão antes do incêndio. Ele contou que o suboficial Carlos Figueiredo e o primeiro sargento Roberto dos Santos, que morreram no incêndio, tentavam fechar a válvula do reservatório de etanol para evitar que o fogo se espalhasse pela mangueira e chegasse ao tanque, que ficava atrás do gerador.
Segundo o capitão, a equipe tentou usar água do mar para controlar o incêndio, mas a água congelou na mangueira.
Os corpos dos dois foram encontrados a dez metros do compartimento dos geradores a óleo, onde o fogo teria começado. “Mais do que perda material, mais do que da nossa casa durante um ano é a perda dos nossos amigos”, afirmou o chefe da estação antártica brasileira, Fernando Coimbra.
Quarenta e cinco militares e pesquisadores, que estavam na base brasileira na Antártica, chegaram ao Brasil na madrugada de segunda-feira (27). A maior parte do grupo desembarcou na Base Aérea do Galeão. Cansados e abalados com o acidente, traziam apenas as roupas do corpo. Contaram que o fogo se espalhou rapidamente e não puderam salvar objetos pessoais.
Entre os que chegaram estava o primeiro sargento Luciano Gomes Medeiros, que sofreu queimaduras nas mãos. Ao sair do avião, ele foi colocado numa cadeira de rodas e levado para o hospital da Marinha, onde permanece em observação.

Info prédio principal Estação Antártica Comandante Ferraz (Foto: arte/G1)

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