Uma imagem rara surpreendeu os arqueólogos ao abrirem três sarcófagos egípcios de 3.000 anos conservados no Museu Semítico de Harvard.
A Universidade de Harvard divulgou que os três sarcófagos pertencem à 22ª Dinastia e chegaram ao museu entre 1901 e 1902. As tumbas eram de um sacerdote e gravador de metal chamado Pa-di-mut; de um cantor do templo de Amon-Ra, Mut-iy-iy, e de um porteiro do mesmo templo, Ankh-khonsu.
O sarcófago de Ankh-khonsu carregava a inscrição “Ra-Horakhty, o grande Deus, Senhor do Céu". Com isso, os pesquisadores descobriram algo inesperado, pois ao abrir o sarcófago de 3.000 anos, descobriram a imagem do deus-sol, Ra-Horakhty, escurecida por uma camada de alcatrão em seu interior.
"Foi um momento de parar o coração [...] Não havia documentação moderna sobre o interior do sarcófago, por isso não tínhamos ideia do que esperar: madeira simples ou uma divindade requintadamente pintada nos encarando", afirmou Peter Der Manuelian, professor da Universidade de Harvard.
No sarcófago de Mut-iy-iy foi encontrada outra imagem: a da deusa do céu, Nut, vestindo uma roupa azul e portando um ankh, símbolo da vida, em cada mão.
"É uma honra trabalhar com esses artefatos de perto, e incomum poder tocar em algo tão antigo e com tanta história", afirmou Jane Piechota, consultora de conservação do Museu Semítico de Harvard, ao portal Phys.org.
Como parte do projeto, Manuelian reuniu uma equipe de especialistas encarregados da conservação e registro dos procedimentos de digitalização do artefato.
Os pesquisadores recolheram amostras de tecido, tinta e resina, e estudaram os textos e a iconografia existentes nos sarcófagos, incluindo a substância viscosa e resinosa que cobria as pinturas. Além disso, foi criado um modelo 3D baseado na fotogrametria e digitalização das peças.
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