segunda-feira, 8 de abril de 2019

A Estação Espacial Internacional está repleta de fungos e bactérias

A Estação Espacial Internacional está repleta de fungos e bactérias


Estudo da NASA aponta que a Estação Espacial Internacional, por onde já passaram 222 astronautas, tem muitas bactérias e fungos. A maioria tem origem nos humanos.

A Estação Espacial Internacional está repleta de bactérias e fungos que podem causar doenças e formar biofilmes (comunidades biológicas com elevado grau de organização) que promovem a resistência a antibióticos, e podem até mesmo corroer a infraestrutura espacial, descobriu um novo estudo da NASA.

A estação, construída em 1998 e em órbita a cerca de 250 quilómetros da Terra, foi visitada por mais de 222 astronautas e até seis missões de reabastecimento por ano até agosto de 2017.

Cientistas da NASA descobriram que os micróbios têm origem principalmente em humanos e são semelhantes aos encontrados em prédios e escritórios na Terra.

O estudo - o primeiro a fornecer um catálogo abrangente de bactérias e fungos à espreita em superfícies interiores em sistemas espaciais fechados - foi publicado na revista Microbiome.

Kasthuri Venkateswaran, investigador principal do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA e um dos autores do estudo, disse que a Estação Espacial Internacional "é um sistema hermeticamente fechado, sujeito a microgravidade, radiação, dióxido de carbono elevado e recirculação de ar através de filtros. E é considerado um 'ambiente extremo'".

O cientista apontou que os micróbios são conhecidos por sobreviver e até mesmo prosperar em ambientes extremos. As bactérias que estão presentes na Estação Espacial Internacional podem ter existido desde o início da estação, acrescentou, enquanto outras podem ser introduzidas nas vezes em que novos astronautas ou cargas chegaram.

Venkateswaran acrescentou que a "influência do microbioma interior na saúde humana torna-se mais importante para os astronautas durante os voos devido à alteração da imunidade associada ao voo espacial e à falta de intervenções médicas sofisticadas que estão disponíveis na Terra".

"À luz de uma nova era de expansão humana no universo, como futuras viagens espaciais a Marte, o microbioma do ambiente espacial fechado precisa de ser cuidadosamente examinado para identificar os tipos de micro-organismos que se podem acumular nesse ambiente único, por quanto tempo persistem e sobrevivem, e o seu impacto na saúde humana e na infraestrutura da nave ", acrescentou.

Investigadores dizem que o estudo pode ser usado para ajudar a melhorar as medidas de segurança que respeitam aos requisitos da NASA para habitação humana no espaço.

Fonte: DN

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