© Fornecido por El Pais Brasil Richard Roberts, Vladimir Ulianov e Maxim Kozlikin na gruta de Denisova, onde foram achados os restos da jovem híbrida |
Há mais de 50.000 anos, uma mulher neandertal e um homem denisovano fizeram sexo e alguns meses depois ela deu à luz uma menina. Muitos séculos mais tarde, numa gruta siberiana junto à cordilheira de Altai, foram encontrados os ossos que deixou aquela menina híbrida, que teria 13 anos ao morrer. Há quase uma década se sabe que os neandertais, denisovanos e humanos modernos tiveram descendência em algumas circunstâncias, mas nunca havia sido encontrado um filho de um casal misto.
Nesta quarta-feira, 22, a revista Nature publica o genoma do primeiro destes humanos. Uma equipe liderada por Viviane Slon e Svante Pääbo, do Instituto Max Planck de Antropologia Evolutiva de Leipzig (Alemanha), analisou o DNA extraído de um fragmento de osso da jovem e concluiu que a mãe era neandertal e o pai denisovano. A primeira vincula a adolescente à linhagem de uma espécie muito conhecida, à qual se atribuem as primeiras expressões artísticas conhecidas e que deixaram seus ossos e ferramentas por toda a Europa. Seu pai a transforma na descendente de um grupo muito mais misterioso, conhecido só a partir das análises genéticas de pequenos fragmentos de ossos encontrados unicamente na gruta russa de Denisova.
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