Um homem foi preso na noite neste sábado (21) em Paragominas, no Pará, acusado de dar pão envenenado a dez crianças de uma mesma família; cinco delas foram levadas ao hospital e uma delas morreu. Roque dos Santos, de 48 anos, confessou o crime e disse à polícia que o ato se deu por não aceitar o fim do relacionamento com Carla Santos do Rozario, de 25 anos, mãe de três das vítimas.
Ao UOL, a polícia informou que na sexta-feira (20) Santos foi à casa da ex-namorada, onde ela mora com os três filhos, além de seus irmãos, tios e avós. No local, disse ao irmão da ex, de 11 anos, que fosse à casa dele no dia seguinte para receber um presente.
No dia seguinte, o menino pegou com homem alguns pães com chumbinho, que Santos disse ser com chocolate, e pediu que fossem entregues a Carla e às outras crianças da casa.
Horas depois, os menores deram entrada na UPA da cidade. Os gerentes da unidade de saúde acionaram a Polícia Civil, que foi ao local, colheu depoimentos e identificou o suspeito. Às autoridades, Carla relatou que namorou Santos por quatro meses e que passou a ser perseguida e ameaçada após o rompimento, há um mês.
Todas as crianças atendidas já foram liberadas e voltaram para casa.
Roque dos Santos será indiciado por homicídio qualificado, além de tentativa de feminicídio e tentativa de homicídio de três crianças.
Mais um crime
No dia seguinte à prisão do primeiro acusado, outro homem, Francisco da Silva Pereira, de 29 anos, também foi capturado, acusado de abusar sexualmente de duas das cinco crianças envenenadas, entre elas a sobrinha de Carla, de cinco anos, que morreu mais tarde. A outra vítima dos estupros, de dez anos, confirmou as suspeitas aos policiais e identificou o tio, que morava na mesma casa, como o autor dos abusos.
O homem foi localizado na zona rural do município vizinho de Ipixuna do Pará, a cerca de 100 km de Paragominas. Ele havia ido para lá no mesmo dia do envenenamento, com medo de que seus atos fossem descobertos pela investigação do primeiro crime.
Pereira responderá por estupro de vulnerável.
Por Rafael Pezzo / Colaboração para o UOL
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