Astrônomos europeus descobriram um exoplaneta completamente extraordinário, pois sua atmosfera possui nuvens penduradas.
As nuvens são compostas por óxido de titânio — mais potente gás estufa que é capaz de aquecer suas camadas altas a temperaturas infernais.
"A presença do óxido de titânio na atmosfera do WASP-19b afeta de maneira absolutamente incomum as temperaturas e os movimentos dos fluxos de ar nele", declarou Ryan MacDonald da Universidade de Cambridge (Grã-Bretanha) em artigo publicado na revista Nature.
Muito foi descoberto quanto ao estudo dos chamados júpiteres quentes — planetas extrassolares maiores e mais fáceis de serem observados. No entanto, as temperaturas de suas atmosferas são realmente infernais. Para ter uma noção, trata-se de 725 a 2.225 graus Celsius.
No exoplaneta WASP-19b, a temperatura atual supera os 2.000 graus, um ano dura 19 horas e o céu é feito de titânio
Além disso, os astrônomos descobriram nos céus destes planetas nuvens exóticas de chumbo, de vidro e chuvas de pedras preciosas.
De acordo com os autores do artigo, os cientistas suspeitavam há muito que tais júpiteres quentes, além das altas temperaturas de sua atmosfera, possuíssem uma estratosfera ainda mais quente.
Segundo MacDonald, recentemente foi encontrado mais um tipo de exoplaneta: mais quente na parte de fora e mais frio na parte de dentro, parecido com a estratosfera da Terra. Sendo assim, os cientistas lançaram a teoria de que a atmosfera dos "júpiteres quentes" possa ser aquecida por algum efeito estufa extremamente forte.
Ao analisar a composição química do WASP-19b, revelou-se que é um planeta bastante exótico e muito quente, cuja temperatura atinge 1.726 graus Celsius.
A análise realizada pela equipe de cientistas comprova a capacidade de observar outros planetas longínquos e até mesmo de analisar sua composição química através de telescópios espaciais instalados na Terra. Mais um passo foi dado na busca por planetas habitáveis, vale ressaltar.
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