HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 22/10/2016
Ano C
Lc 13,1-9
Comentário do Evangelho
A teoria da retribuição é ultrapassada.
Jesus sobe para Jerusalém. Essa subida é ocasião de ensinamento, por isso ela é constituída de lições que Jesus dá aos seus discípulos. Nosso texto não encontra paralelo nos outros dois sinóticos. Do ponto de vista histórico, nós não temos nenhuma informação, nem mesmo na literatura extrabíblica, dos fatos mencionados nos versículos 1 a 4. No entanto, o importante, aqui, é o valor de interpelação dos fatos, repetido duas vezes: “... se vós não vos converterdes, perecereis todos do mesmo modo” (vv. 3.5). A teoria da retribuição é ultrapassada: “Pensais que esses galileus eram mais pecadores do que qualquer outro Galileu? … Digo-vos que não! … Pensais que eram mais culpados do que qualquer outro morador de Jerusalém? Eu vos digo que não!” (vv. 2-5). A morte de uns e não de outros é sinal do julgamento definitivo, sinal que precisa ser discernido: “… sabeis discernir os aspecto da terra e do céu, e por que não discernis o tempo presente?” (Lc 12,56). São Paulo o exprime muito bem: “Esses acontecimentos se tornaram símbolos para nós, a fim de não desejarmos coisas más…” (1Cor 10,6). A morte dos galileus e dos moradores de Jerusalém é um convite à conversão e ao reconhecimento, no tempo presente, da “visita salvífica” de Deus.
Os versículos 6 a 9 ilustram os versículos precedentes. A figueira é, na tradição rabínica, símbolo da Torá. Ela está plantada na vinha. O povo de Deus tem a Lei cujo fruto deveria ser a conversão. Mas ela não produziu o fruto. Será cortada? Será arrancada do meio da vinha? A parábola acentua a bondade de Deus: a maldade humana não impede Deus de ser bom.
Carlos Alberto Contieri,sj
Oração
Pai, que a minha vida seja uma contínua busca de comunhão contigo, por meio de um arrependimento sincero e de minha conversão urgente para ti.
Fonte: Paulinas em 26/10/2013
Vivendo a Palavra
Não poucas vezes nós julgamos nossos irmãos e ficamos desanimados de esperar a colheita de frutos saborosos de seus pomares. Diante daquilo que rotulamos seus desvios, nós perdemos a esperança. O Evangelho nos ensina a continuar confiando. O tempo do Senhor é diferente do nosso tempo. Cuidemos, antes, da nossa própria conversão.
Fonte: Arquidiocese BH em 26/10/2013
Vivendo a Palavra
A inquietante figura da figueira estéril nos faz pensar sobre os frutos da fé. Fé é vida e não apenas a afirmação de que cremos. E a vida acontece nas relações com os irmãos, com a natureza e o Pai Misericordioso. Será que nós temos oferecido ao peregrino que nos procura algum fruto para alimentá-lo na caminhada?
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg05.php
Reflexão
Quem vive na graça de Deus tem a vida dentro de si. Ao contrário, a paga do pecado é a morte. Esta verdade deve sempre estar presente em nossas mentes, a fim de que possamos, apesar dos nossos pecados, buscar a verdadeira vida que vem de Deus. A partir dessa consciência, devemos procurar constantemente a conversão, a busca da santidade, a coerência da nossa vida com a fé que professamos. O Evangelho de hoje nos mostra que Deus tem paciência conosco e, por meio da sua graça, está sempre contribuindo para a nossa conversão e para a nossa santificação, mas é necessário que também nós procuremos fazer a nossa parte.
http://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php?ano=2016&mes=10&dia=22
Meditação
Em que consiste para você a conversão? - Procura examinar-se com frequência para saber como está agindo? - Compreende que os sofrimentos deste mundo nada são em face à vida eterna? - Tem consciência de que não adianta se desesperar diante dos problemas desta vida? - Procura confiar em Deus?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R.
FONTE: a12 – santuário-nacional em 26/10/2013
Meditando o evangelho
A IMINÊNCIA DA CONDENAÇÃO
A bondade de Jesus e sua capacidade de acolher e perdoar nada tinham de ingenuidade. Ele exigia dos pecadores uma conversão imediata, antes que fosse tarde demais.
Dois fatos bem conhecidos de seus ouvintes serviram-lhe de referência, ao falar da iminência da condenação. O primeiro diz respeito à maldade de Pilatos que mandou trucidar fiéis, vindos da Galiléia, enquanto ofereciam sacrifícios. A morte destes homens piedosos, precisamente no templo de Jerusalém – morada de Deus – é paradoxal. O segundo refere-se à morte de dezoito pessoas, por causa do desabamento de uma parte dos muros da Cidade Santa, nas imediações da piscina de Siloé.
Uma leitura superficial destes dois fatos levava a concluir: tanto os que foram assassinado por Pilatos quanto as vítimas do desabamento das muralhas receberam a devida punição por seus pecados. Jesus, porém, nega ser verdadeira esta versão. A morte repentina de todos eles não significava necessariamente que eram pecadores.
A morte destas pessoas servia de alerta para os interlocutores do Mestre. Assim como todos eles foram vítimas de morte súbita, o mesmo poderia acontecer com os ouvintes de Jesus. Entretanto, este não se referia à morte física, e sim, à perda da comunhão eterna com o Pai. Esta só se garante por meio do arrependimento e da imediata conversão. Caso contrário, aguarda-se a condenação.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://www.domtotal.com/religiao/eucaristia/liturgia_diaria.php)
Oração
Pai, que a minha vida seja uma contínua busca de comunhão contigo, por meio de um arrependimento sincero e de minha conversão urgente para ti.
http://www.domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.php?data=2016-10-22
Oração Final
Pai Santo, dá-nos o dom da fertilidade, para que a nossa vida produza frutos com fartura, e generosidade bastante para que ofereçamos esses frutos aos companheiros de nosso Caminho de volta ao Lar Paterno, a tua Morada Santa. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg06.php
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