No Brasil, cerca de 35 milhões de pessoas ainda não têm acesso a água tratada, segundo dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS). A informação é preocupante, principalmente se levarmos em consideração a quantidade de doenças decorrentes desse tipo de precariedade, além da qualidade de vida desses moradores que fica comprometida.
Foi após sentir na pele esta situação durante uma visita à comunidade da Lagoa da Pedra, na zona rural baiana, que as estudantes Ingrid Meira, Júlia Lima e Franciele Nunes, do Colégio Estadual Eurides Santana, de Poções (BA), tiveram a ideia de montar um dessalinizador utilizando conceitos de biomatemática.
Para que a população pudesse ter acesso, o protótipo foi montado com materiais de baixo custo, conforme explica a professora e orientadora do projeto Roberta Pereira:
“Foram utilizados vários materiais, entre eles canos de PVC, cola, conexões, e o papel celofane que serviu de membrana. Com relação à montagem, foi criado um manual de instruções para explicar melhor as etapas de construção e ressaltar algumas observações. Já sobre o uso do rejeito, pensou-se na irrigação da erva-sal (atriplex nummularia), que juntamente com o capim e a palma serve para alimentar o gado, e, em grande quantidade, para a criação de tilápias”.
Os próximos passos do projeto serão adaptar o dessalinizador para filtrar uma maior quantidade de água e diminuir a quantidade de resíduos gerados. No ano passado, a iniciativa foi apresentada na Feira de Ciências e Matemática da Bahia (Feciba) e ainda participou do Desafio Criativos da Escola.
Fonte: www2.webradioagua.org
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