quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Novas descobertas reforçam a hipótese do misterioso Planeta 9

Novas descobertas reforçam a hipótese do misterioso Planeta 9


Alterações na órbita de objetos que estão bem distantes podem ser indícios da influência do provável planeta

 
  
 
Físicos e astrônomos do mundo todo estão em busca do Planeta 9, um provável gigante gelado que estaria oculto em órbita na periferia do Sistema Solar. Caso exista, essa imensa bola de neve solitária ajudará a explicar o equilíbrio da nossa vizinhança cósmica, o que põe um preço alto na sua cabeça ainda hipotética.
 
A caça, agora, começa a dar seus frutos. Scott Sheppard, da Instituição para a Ciência de Carnegie, e Chadwick Trujillo, da Universidade do Norte do Arizona, revelaram uma série de objetos circundando o Sol a distâncias tão grandes que transformariam uma viagem a Plutão em uma ida à padaria. Com um detalhe: suas órbitas fazem menos sentido que o divórcio de Willian Bonner e Fátima Bernardes. E isso tem tudo a ver com a possível localização do Planeta 9. 
 
O artigo será publicado na próxima edição da revista científica The Astronomic Journal , mas uma prévia pode ser lida no arXiv.org.
 
A explicação reside na magia da física. Se os cientistas tiverem acesso a detalhes sobre as órbitas de uma boa quantidade de objetos que estejam além de Netuno, eles serão capazes de calcular, por meio dessas alterações, a posição provável do Planeta 9 e as características que ele deveria ter para exercer determinados tipos de influência sobre seus vizinhos menores — lembre-se que todo corpo exerce influência gravitacional, quanto maior ele é, maior a influência (afinal, os planetas não giram ao redor do Sol por acaso). 
 
A busca pelo Planeta 9 não serve só para preencher o espaço que ficou vago no nosso coração com o rebaixamento de Plutão, ele também ajudaria a explicar uma inclinação ainda misteriosa de 6 graus na orbita do próprio Sol.
 
Segundo estimativas, o novo planeta seria dez vezes mais pesado e quatro vezes maior que a Terra. Seu ano equivaleria a qualquer coisa entre 10 mil e 20 mil anos terrestres, um bom motivo para esperar seu aniversário sentado. E sua distância orbital média do Sol poderia ser até 20 vezes maior que a de Netuno. Nossas definições de "longe" foram atualizadas. 
 
“Nós estamos, agora, em uma situação similar a de Alexis Bouvard no século 19, quando ele percebeu que o movimento orbital de Urano era peculiar, o que levou à descoberta de Netuno”, afirmou Sheppard ao Science Daily.  Os indícios, porém, ainda precisam ser muito aprofundados.
 
“Nesse exato momento estamos lidando com uma quantidade de dados muito pequena. Um número maior de objetos que estão além de Netuno precisam ser encontrados para determinar definitivamente a estrutura do Sistema Solar exterior”. Ou seja: fique calmo. Plutão pode ser vingado em um futuro próximo.
 



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