sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Morada da Paz patrocina projeto de resgate do acervo do fotógrafo caicoense José Ezelino




Itans quando do início de sua construção - (Foto: José Ezelino)
Na data em que se comemora o Dia do Fotógrafo – 19 de agosto – o cemitério e crematório Morada da Paz, empresa do Grupo Vila, anuncia o patrocínio de um projeto cultural que pretende resgatar a memória e a obra de um dos fotógrafos mais revolucionários do Rio Grande do Norte: o caicoense José Ezelino. A professora e pesquisadora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Ângela Almeida, está finalizando o livro “Quando a pele incendeia a memória”, sobre a obra de José Ezelino, e agora poderá levar o projeto à frente graças ao apoio confirmado pelo Morada da Paz.
O diretor do Grupo Vila, Eduardo Vila, conta que ficou sabendo do projeto por meio de reportagens publicadas na imprensa, em que a professora Ângela Almeida mencionou que estava buscando alternativa de financiamento. “Ficamos encantados com a proposta e não hesitamos em poder contribuir. Sempre fazemos questão de apoiar projetos que valorizam e resgatam a memória do povo potiguar, porque acreditamos que essa também é a nossa missão: preservar a história das pessoas”, declarou.
Além do lançamento do livro “Quando a pele incendeia a memória”, a proposta é desenvolver uma exposição itinerante, além de lançar o site do projeto com edição online do livro.

José Ezelino nasceu no século 19, na cidade de Caicó, em plena região do Seridó Potiguar. Filho de pais escravos, conseguiu a façanha de retratar a si e aos seus familiares usando a mesma linha estética das famílias de alta classe da região Sudeste do Brasil e dos países europeus colonizadores. Tudo era produção própria: figurino, direção, cenários e captação eram criações do próprio artista. Isso sem nunca ter tido acesso a nenhum tipo de referência, pois sua viagem mais longa foi à cidade do Recife (PE).
Não existe nenhum registro fotográfico semelhante ao de José Ezelino no Brasil. A maioria dos registros é da população negra retratada como vendedores de ruas ou como trabalhadores de baixo escalão. Além dos registros familiares, José Ezelino produziu um vasto material da cidade de Caicó e demais regiões do Seridó. Infelizmente, muitas destas fotos foram perdidas ao longo dos anos, o que fortalece ainda mais a importância do trabalho da pesquisadora Ângela Almeida.
Via S.Silva

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