Fátima: “Tiramos o Nordeste do mapa da fome e agora o estamos tirando da insegurança hídrica”
A senadora Fátima Bezerra (PT-RN) informou, da tribuna, que está se empenhando junto ao governo federal para que se antecipe um trecho de seis quilômetros das obras de Transposição do Rio São Francisco que terá impacto direto no Rio Grande do Norte, garantindo que, em épocas de estiagem, a água não deixe de chegar ao Rio Grande do Norte.
Fátima registrou sua emoção ao acompanhar a presidenta Dilma Rousseff, na semana passada, a Cabrobó, em Pernambuco, para a inauguração da Primeira Estação de Bombeamento (EBI-1) do Eixo Norte do Projeto de Integração do Rio São Francisco. “Principalmente para pessoas que, como eu, conheceram os efeitos cruéis da seca, não porque ouviram falar, mas por terem vivido na própria pele, é uma alegria indescritível saber que, graças às políticas de inclusão social do nosso governo, já tiramos o Nordeste do mapa da fome e agora vamos tirar também os nordestinos da insegurança hídrica”.
A senadora lembrou que a população do Nordeste esperava há 150 anos ver concretizado o sonho, já considerado inatingível, da transposição do Rio São Francisco – obra que teve sua primeira proposta apresentada em 1847, mas que só durante o governo Lula começou a sair do papel. Fátima relembrou as décadas de 70, 80 e 90, quando as TVs mostravam cenas de pessoas morrendo de fome e sede no nordeste. “Hoje, ainda vemos os caminhões-pipa chegando e animais morrendo pelas estradas empoeiradas, mas graças à ousadia das políticas sociais dos presidentes Lula e Dilma, as cenas de gente morrendo de fome ficaram no passado. E agora no governo Dilma, os caminhões-pipa também serão, em breve, cenas do passado”, destacou.
A senadora informou que esteve pela manhã com o ministro da Integração Nacional, reiterando pedido já feito à presidenta Dilma pelo governador Robinson Faria de acelerar o trecho de seis quilômetros da obra de transposição, que parte da Barragem de Caiçara e vai até São José de Piranhas, na Paraíba, o que permitirá que as águas perenizem o
Rio Piranhas-Açu, abastecendo o Rio Grande do Norte. O ministro se mostrou sensibilizado com a importância de se antecipar o trecho da obra que beneficiará o Rio Grande do Norte.
A senadora fez questão de destacar ainda que este ano o Rio Grande do Norte enfrentou sua pior seca em 100 anos e que há previsões de que, se o fenômeno do El Niño se estender pelo ano que vem, a barragem Ribeiro Gonçalves pode se transformar em uma nova Cantareira, entrando no volume morto. “Por isso temos que estar atentos para nos certificar de que, tanto no projeto do PPA quanto na Lei Orçamentária Anual, a LOA, estejam assegurados os recursos necessários para a conclusão dessa obra, fundamental para garantir a segurança hídrica do meu estado.
O açude Armando Ribeiro Gonçalves, com capacidade máxima de armazenamentos de dois bilhões e 400 milhões de metros cúbicos de água, é o segundo maior reservatório do DNOCS. Localizado no município de Assu é responsável por vastas áreas de solos irrigados, entre elas o perímetro Baixo-Assu, e pelo abastecimento de dezenas de municípios do meu estado.
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