Ambulâncias ficam paradas por falta de macas, usadas nos leitos improvisados.
Por uma semana, a Câmera do JH flagrou a situação precária dos pacientes.
Amorim Neto, Olinto Bezerra e Ivan LemosNatal
Fonte http://g1.globo.com
O Rio Grande do Norte esteve na tarde desta segunda-feira(12) voltou a ser notícia em rede nacional de televisão. Mais uma vez a problemática da rede pública de saúde foi abordada.
A reportagem conta que os acompanhantes não conseguem acomodação e não há espaço para nada. Para os servidores, fica difícil atender tanta gente ao mesmo tempo. Além da falta de medicação, soro e profissionais, faltam também macas.
O Hospital Estadual Walfredo Gurgel é referência na saúde pública, no Rio Grande do Norte, mas os pacientes se amontoam nos corredores. Segundo o próprio governo do estado, responsável pelo hospital, passou de cem o número de pacientes em macas na semana passada.
Os acompanhantes não conseguem acomodação e não há espaço para nada. Para os servidores, fica difícil atender tanta gente ao mesmo tempo. “Estou aqui há oito dias. Só ficam me trocando de canto neste corredor e de maca, sem remédio”, diz um paciente.
Além da falta de medicação, soro e profissionais, faltam também macas. "Eu me sinto muito triste, a gente não tem como socorrer um parente que está passando mal porque não tem maca”, diz Lenilda Barbosa, auxiliar administrativa.
Cinco ambulâncias do Samu estão paradas em frente ao hospital, porque as macas estão presas dentro do hospital. "As macas ficam presas e a gente impossibilitado de atender as solicitações. Tem sido uma rotina”, declara Jalmar Ronaldo, técnico em enfermagem do Samu.
"É impossível fazer uma saúde pública de qualidade em um hospital no qual um profissional fica com o dobro de pacientes, que tem que dar conta de onde os pacientes estão alocados, em macas em condição indigna. O hospital não consegue financeiramente, porque não há financiamento para leito-maca, garantir insumos, alimento e limpeza de qualidade para esses pacientes. Simplesmente nós não podemos fechar a porta do hospital para a chegada de pacientes. Ele recebe a cardiologia, o paciente oncológico, o paciente da Unidade Básica de Saúde e o de baixa complexidade. Esses pacientes disputam a mesma vaga, o mesmo servidor, disputam o mesmo insumo", afirma Luiz Roberto Fonseca, secretário estadual de Saúde.
Segundo a secretaria de Saúde do Rio Grande do Norte, foi feito um mutirão para reduzir o número de pacientes nos corredores do Hospital Walfredo Gurgel, mas ainda há 24 pacientes nas macas. Ainda de acordo com a secretaria, foram investidos R$ 800 mil para a realização de cirurgias ortopédicas com ajuda do Ministério da Saúde.
Confira a reportagem no vídeo abaixo:
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