Na manhã deste domingo (23), os biólogos da ONG Ecomar e da Reserva Biológica do Atol das Rocas realizaram a interdição do local, e identificaram as características do mamífero.
De acordo com os biólogos, trata-se de uma fêmea juvenil, que mede cerca de nove metros e pesa aproximadamente sete toneladas. Os profissionais aguardam uma retroescavadeira para enterrar o cetáceo, eliminando risco de contaminação na área. A causa da morte será identificada por meio do exame de DNA. Esta é a segunda jubarte que aparece morta em menos de um mês no litoral potiguar.
O corpo do animal foi visto por volta das 19h deste sábado, contudo os procedimentos iniciais só foram executados na manhã deste domingo. Os biólogos retiraram parte da gordura e da pele da baleia para a realização do exame de DNA, que indica o motivo pelo qual o cetáceo morreu. Pela coloração esbranquiçada, os biólogos acreditam que a jubarte está morta há uma semana.A parte branca mostra que ela está em decomposição há pelo menos sete dias. Ela deve ter morrido em alto mar, mas a maré a trouxe para a beira da praia. A morte pode ter sido causada tanto por doenças, quanto por ação de um pescador, uma vez que ela perdeu a cauda e a cabeça”, explicou a chefe da Reserva do Atol das Rocas, Zélia Brito.
Como ainda não é sabida a causa da morte, toda a área está isolada, já que o contato com a areia e a água em volta da jubarte pode estar contaminada. “É um animal em decomposição, cuja causa morte desconhecemos. “Não é prudente ter contato com o local, pode transmitir doenças perigosas. Por isso, o quento antes enterrarmos melhor, mas seguro é para a população”, enfatizou Zélia Brito.
A baleia precisa ser retirada com uma retroescavadeira, dado o peso e o tamanho do animal. A prefeitura de Extremoz foi acionada para auxiliar a operação. A jubarte deverá ser enterrada próximo à praia, mas respeitando uma margem de segurança. “Temos que depositá-la onde a maré não a desenterre. Depois de alguns meses iremos voltar para recuperar a ossada e realizarmos as pesquisas”, acrescentou a bióloga.Esta é a segunda baleia, em menos de um mês, que aparece no litoral potiguar. A primeira foi achada em 30 de agosto, morta e encalhada na praia de Caraúbas, município de Maxaranguape, litoral norte do estado.
O aparecimento das baleias nas águas do RN aumenta no segundo semestre, porque é a época em que elas migram da Antártida para as águas quentes do Nordeste do Brasil. Aqui elas passam os últimos meses do ano se alimentando e entram na fase de reprodução. A espécie jubarte está ameaçada de extinção, contudo, a população deste cetáceo vem aumentando.“Os projetos em prol da jubarte está fortalecendo a espécie. Por meio a conservação estamos conseguindo preservar a espécie”, comemorou a chefe da Reserva do Atol das Rocas.
G1 Via http://www.vcartigosenoticias.com
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