domingo, 17 de junho de 2012

Tema Astrônomo Amador : Cientistas dizem que Voyager está à beira do espaço interestelar





Gráficos mostram a posição das sondas Voyager 1 e Voyager 
2 em relação ao Sistema Solar. Créditos: Apolo11.com.
É muito difícil afirmar com segurança onde 
termina nosso Sistema Solar, já que não há uma 
marca que delimite os domínios do Sol no espaço. 
No entanto, dados enviados pela espaçonave 
Voyager 1 mostram que ela se encontra bem 
próxima desse limite, onde nenhuma nave jamais 
esteve. A Voyager 1 foi lançada em 1977 e desde 
então já percorreu quase 18 bilhões de km, 
cerca de 120 vezes a distância que separa o Sol 
da Terra. Para se ter uma ideia de como isso 
é longe, mesmo viajando à velocidade da luz os 
sinais emitidos pela sonda demoram mais de 
16 horas para serem recebidos. Nunca uma nave 
espacial viajou para tão longe e à medida que se 
afasta, menos o Sol tem interferência 
gravitacional e eletromagnética sobre a nave. 
Recentemente, os instrumentos da Voyager 
detectaram um aumento significativo na 
intensidade das partículas cósmicas que 
atingem a nave, fazendo os cientistas concluírem 
que a Voyager é o primeiro emissário interestelar 
da humanidade, já à beira do Sistema Solar.  
"Os últimos dados mostram que estamos claramente 
em uma nova região do espaço, onde as coisas 
estão acontecendo muito mais rapidamente", 
disse Ed Stone, cientista do Projeto Voyager 
junto ao Caltech (California Institute of Technology), 
que administra o Laboratório de Propulsão a jato, 
da Nasa, o JPL. "Isso é muito excitante. Estamos nos 
aproximando da fronteira do Sistema Solar", disse Stone.


Atualmente, a Voyager 1 está a 18 bilhões de km da Terra, 
cerca de 4 vezes mais distante que o planeta-anão plutão. 
Créditos: Apolo11.com.
As partículas de alta energia registradas pela 
Voyager foram provavelmente emitidas por gigantescas 
explosões estelares chamadas supernovas, lançadas 
ao espaço em velocidades próximas à da luz. De janeiro 
de 2009 a janeiro de 2012, os dois detectores de alta-energia 
a bordo da sonda registraram um aumento de 25% na 
quantidade de partículas cósmicas que atingem 
a sonda e recentemente foi observada uma elevação 
muito rápida em parte do espectro energético. "Desde 
7 de maio, os raios cósmicos que atingem a sonda 
aumentaram 5% em uma semana e 9% em 1 mês", 
disse o Stone. Essa mudança abrupta na quantidade 
de partículas energéticas registradas mostra, de acordo 
com Stone, que os cientistas estão iniciando uma 
nova era na exploração espacial. Além disso, outra 
importante medida mostra que as partículas energéticas 
geradas pelo Sol dentro da heliosfera tiveram apenas 
um ligeiro declínio e não caíram significativamente 
como deveriam. Essa queda era esperada quando a 
nave rompesse a suposta fronteira do Sistema 
Solar. Os dados enviados pela Voyager 1 a
inda estão sendo estudados e uma das buscas é pela 
mudança nos vetores das linhas do campo magnético 
ao redor da nave.  Os modelos mostram que 
enquanto a Voyager estiver dentro da heliosfera as 
linhas do campo magnético devem fluir de leste 
para oeste, mas devem passar à direção norte-sul 
quando a sonda passar definitivamente para o meio 
interestelar. Pelo menos é isso o que espera os 
pesquisadores, a maior parte deles crianças e 
adolescentes quando a Voyager 1 e Voyager 
2 foram lançadas em 1977.
Créditos: APOLO11.COM - http://www.apolo11.com/

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