terça-feira, 20 de setembro de 2011

Aí Dentro : Polícia diz que homem contratado para matar forjou crime com ketchup

Egi Santana e Brenda CoelhoDo G1 BA

Homem recebeu mil reais para cometer crime, mas conhecia vítima.
Mulher que pagou pelo 'serviço' deu queixa na delegacia por roubo.

A polícia de Pindobaçu, município a 400 km de Salvador, foi surpreendida com uma história inusitada a partir de uma queixa de roubo. Uma mulher teria procurado a delegacia da cidade alegando que R$ 1 mil teriam sido tomados por assalto por um homem. Ao encontrar o suspeito, a polícia descobriu que o homem tinha sido contratado pela mulher para assassinar uma pessoa.
No entanto, em acordo firmado com aquela que seria sua vítima, o homem optou por não cometer o crime e decidiu encenar a morte usando molho de ketchup e uma faca. Em seguida, ele tirou uma fotografia da 'morta', entregou à mandante como prova da ação e recebeu o pagamento. A trama foi descoberta quando a mulher que deveria estar morta foi avistada pela mandante, na feira da cidade, aos beijos com aquele que seria o seu assassino, alguns dias após a entrega da foto.
O caso aconteceu no dia 24 de junho, mas foi divulgado esta semana pela polícia de Pindobaçu, cidade com pouco mais de 20 mil habitantes. Segundo o delegado Marconi Almino de Lima, o homem alegou que teria aceito o serviço porque estava sem emprego e precisava de dinheiro. No entanto, ao perceber que a vítima era sua “conhecida”, resolveu bolar o plano.
Para dar mais realidade à fotografia apresentada como prova do crime, o homem levou a vítima para um matagal, amarrou seus braços e pernas e a amordaçou, além de inserir uma faca entre o braço e o peito da mulher, simulando um esfaqueamento. O ketchup serviu para forjar o sangue. Marconi Almino de Lima explicou que ninguém está preso, mas os três envolvidos respondem a processos na Justiça. "A mandante está respondendo por ter encomendado o crime, já o homem responde pelo crime de extorsão e a mulher que seria a vítima responde por co-participação na trama", explicou o delegado.

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