quinta-feira, 5 de março de 2020

CINCO DE MARÇO: 188 ANOS DE FUNDAÇÃO DE SÃO JOÃO DO SABUGI


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CINCO DE MARÇO: 188 ANOS DE FUNDAÇÃO DE SÃO JOÃO DO SABUGI

A tradição oral guardou essa data como sendo o marco inaugural do lugar: em 5 de março de 1832, a matriarca Ana Joaquina de Souza fez a doação de um terreno para a construção e a manutenção de uma capela dedicada a São João Batista, em torno da qual se formou o arruado, depois povoação, vila e cidade.
Dirigido por Manoel Braga e redigido por José B. Costa, o jornal “O Combate” de 17 de setembro de 1933 confirmou o acontecimento cento e um anos depois, quando a velha povoação de São João do Príncipe já era Vila-sede de município. Passados vinte e seis anos da circulação desse periódico, Alberto Mendes de Freitas (1959) assinalou a fundação da localidade em ato religioso datado de 24 de junho de 1832 – a primeira missa e a primeira Festa de São João Batista, celebrada pelo Padre Manoel José Fernandes.
Os pontos de convergência entre as duas informações são o ano de 1832 e o nome da doadora do terreno, Ana de Souza. Entre 5 de março (doação) e 24 de junho (celebração), portanto, deu-se a fundação do lugar que futuramente viria a se chamar São João do Sabugi. Mesmo que o documento de doação nunca se tenha encontrado, a existência desse patrimônio eclesiástico serviu como uma das justificativas para a transferência da sede municipal de Serra Negra para São João, que vigorou entre 1932 e 1935.
De acordo com Alfredo Moreira Pinto (1899), os passos foram esses: doação do terreno (1832); bênção da pedra fundamental (1834) e construção da capela (1839). A doação do terreno pode ser configurada como fundante porque sem esse fato a Fazenda São João permaneceria uma propriedade rural. Com a definição do “patrimônio de São João Batista”, foram dadas as condições iniciais para a construção de uma capela pública para preces e sepultamentos, bem como para a venda de terrenos onde seriam edificadas residências e cobradas taxas anuais de foro, fonte de recursos para a manutenção do templo.
Após a edificação da Capela do Glorioso São João Batista, as construções foram se avolumando no seu entorno, até que as demandas levaram à criação de uma Escola de Primeiras Letras (1855) e à definição de um Distrito de Paz (1868), acompanhado da Subdelegacia de Polícia. Os caminhos de uma evolução no campo institucional podem ser assim resumidos: Freguesia (1886), Vila (1932), Distrito-Vila (1938), Município (1948), Comarca (1960) e Paróquia (1996), processos às vezes marcados por criações e extinções.
Pa-ra-béns para o nosso povo e para o nosso lugar!
Viva São João do Sabugi!
Matéria extraída da página pessoal no facebook do professor 
Quintino Medeiros

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