Currais Novos (RN) – Foi um dos mais longos deslocamentos desde 17 de agosto, quando em Salvador (BA) teve início a caravana Lula pelo Brasil. Ainda na manhã deste domingo (27), a comitiva deixou a capital paraibana, João Pessoa, em direção a Campina Grande. E chegou ao final de seu destino traçado para o dia, em Currais Novos, já com noite alta. Um percurso de 340 quilômetros, mas que foi cumprido em 10 horas de viagem, o dobro do inicialmente previsto.
Dê-se um desconto para o ato “Água e Democracia”, que já estava na programação para acontecer no Parque Ecológico de Bodocongó, em Campina Grande. Ainda assim, não era para tanto. Mas à medida que a paisagem urbana da cidade ia dando lugar ao cenário do Semiárido, novos personagens surgiam pelo caminho. Era gente, muita gente, querendo ser parte do roteiro, querendo ver e ser vista. Tocar e seu tocada.
O ex-chanceler Celso Amorim, diplomata de muitas milhas rodadas, dizia ainda em Campina Grande, que depois de ter viajado o mundo todo ao lado de Luiz Inácio Lula da Silva se dizia impressionado com a sua capacidade natural de atrair carinho e “redespertar esperança”.
Foi assim em Riachão e também em Nova Palmeira, terra natal da senadora petista Fátima Bezerra, ainda na Paraíba. Cartazes saudavam o ex-presidente. Moradores tentavam bloquear a passagem do ônibus de onde Lula acenava. Uma moça gritava e fazia um coração com as mãos. Uma bandinha tocava as músicas que foram temas de campanhas políticas ao longo da história. Velhos, jovens, adultos, crianças gritavam o nome do ex-presidente, que mais uma vez alterava seu roteiro para descer e falar aos moradores.