O jornalista Kennedy Alencar destacou nesta sexta-feira, 16, a reaproximação entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-ministro Ciro Gomes, os dois principais pré-candidatos da esquerda à Presidência em 2018.
Junto com a presidente deposta Dilma Rousseff, Lula e Ciro visitarão a obra da transposição do rio São Francisco na cidade de Monteiro, neste domingo, 19.
“Há dois efeitos importantes nessa reaproximação. Um deles é realizar um ato para que seja reconhecido que Lula é, de fato, o pai da obra. Esse projeto era imaginado desde o império, no século 19, mas saiu do papel somente no governo Lula em 2007, dez anos atrás. A ex-presidente Dilma, que acompanhará Lula no domingo, tocou boa parte da obra”, diz Kennedy.
“O outro efeito é a reaproximação entre Lula e Ciro Gomes, do PDT. Ciro acompanhar Lula num palanque é uma novidade da política. O pedetista andava fazendo críticas duras à uma eventual candidatura do ex-presidente em 2018. Agora, amenizou o discurso em relação a essa possibilidade”, afirma.
Para Kennedy, essa reaproximação é do interesse de Lula e Ciro. “Há chance de uma condenação em segunda instância inviabilizar uma eventual candidatura de Lula em 2018, enquadrando-o na Lei da Ficha Limpa. Se isso acontecer, Lula deverá apoiar Ciro para presidente. Mas, se o petista puder ser candidato, Ciro seria convidado para disputar a Vice-Presidência”, afirma.
“Esses dois cenários estão no tabuleiro do xadrez de uma eventual frente de esquerda para disputar a Presidência no ano que vem. Juntos, Lula e Ciro são mais fortes.”
Leia o artigo na íntegra no Blog do Kennedy.
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