terça-feira, 19 de abril de 2016

Investigados no STF, Agripino e Rogério pedem combate à corrupção

Investigados no STF, Agripino e Rogério pedem combate à corrupção

Com processos no Supremo Tribunal Federal, senador e deputado federal lideram em âmbito estadual o movimento anti corrupção e Fora Dilma
Por: Cefas Carvalho 18/03/2016
Os protestos realizados no último domingo, dia 13,  que mobilizaram milhões de pessoas em quase todas as capitais do país pediam basicamente a saída (por impeachment ou renúncia) da presidenta Dilma Rousseff (PT) e o combate à corrupção, um dos problemas endêmicos da política brasileira. Mas não passou desapercebido por jornalistas, internautas e população em geral uma contradição, ou para usar palavra mais exata, uma hipocrisia: havia políticos envolvidos em casos de corrução pedindo o fim da... corrução.
 
No Rio Grande do Norte, dois destes "manifestantes contra a corrução" saltaram aos olhos: o senador José Agripino Maia (DEM) e o deputado federal Rogério Marinho (PSDB).
 
O primeiro tem inquérito aberto no Supremo Tribunal Federal (STF)  para investigar possíveis crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O STF atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que acusa o parlamentar de receber propina da empreiteira OAS nas obras de construção do estádio Arena das Dunas, em Natal, para a Copa do Mundo de 2014.
 
As suspeitas contra o senador surgiram em depoimentos de investigados na Operação Lava Jato, mas a PGR pediu que o inquérito não fosse remetido ao ministro Teori Zavascki, relator dos processos oriundos da operação no Supremo. Para a procuradoria, as acusações não estão relacionadas com os desvios de recursos da Petrobras, principal linha de investigação da Lava Jato.
 
É FANTÁSTICO
E teve mais: Agripino foi destaque (negativo) no programa Fantástico de 22 de fevereiro de 2015, quando foi denunciado pelo empresário George Olímpio, que  entre 2008 e 2011 montou um instituto para prestar serviços de cartório ao Detran do estado. O instituto tinha a função de cobrar uma taxa de cada contrato de carro financiado no Rio Grande do Norte. Mas, segundo o Ministério Público, nessa taxa estava embutido o custo da propina.
 
Em um dos trechos de seu depoimento, Olímpio cita o senador Agripino. Segundo o empresário, Agripino teria pedido mais de R$ 1 milhão no ano de 2010, em um encontro no próprio apartamento do político. “Subimos para parte de cima da cobertura de José Agripino, começamos a conversar e ele disse: ‘É, George, a informação que nós temos é que você deu R$ 5 milhões para a campanha de Iberê [governador na época]'”, afirmou. 
 
Os processos seguem no STF à espera de julgamento.
 
ROGÉRIO
Já o deputado Rogério Marinho responde a três processos no âmbito do Supremo Tribunal Federal. O primeiro deles teve origem na Justiça estadual do RN. Chegou ao Supremo em 2007. Mesmo que não se saiba muito sobre ele, a não ser que se trata de investigação sobre "corrupção passiva", sabe-se também que houve movimentações no âmbito da Polícia Federal. Também que se refere a período em que Alexandre Magno de Sousa, na época braço direito de Rogério, foi condenado por falsificar documentos quando de cessão ao estado.
 
O 2º inquérito chegou ao STF em 2010 e, em virtude de constarem diversos ofícios com solicitações de informações à Câmara de Natal  tudo indica que é investigação relacionada à gestão de Rogério no quando presidente da Câmara. Teve origem no Tribunal de Contas Estadual e diz respeito à prestação de contas.
O último inquérito é mais recente: subiu à Corte em dezembro de 2011.  O site do STF identifica como origem a Justiça Federal.  Esse inquérito tem um corréu, identificado pelas iniciais F. das C. de S. R.  Também  não veio à tona seu teor, embora o nome de Rogério esteja lá.
 
E mais recentemente Rogério virou destaque (também negativo) nas redes sociais ao internautas perceberem o nome de sua esposa na lista dos funcionários com supersalários na Assembléia Legislativa. Acusada de ser “fantasma”, nem ela nem Rogério se defenderam. Preferiram ir às ruas protestar contra a corrupção.

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