A nave Voyager, considerada a invenção humana a alcançar as maiores distâncias na história depois de seu lançamento, em 1977, recentemente voltou a ser objeto de polêmica nos meios científicos. Um comunicado em 2012 anunciou ao mundo que a Voyager havia finalmente cruzado o limite do espaço sideral, deixando para trás o sistema solar. No entanto, alguns cientistas refutam esta afirmação. A pergunta natural portanto é: onde está realmente a Voyager I?
Segundo alguns especialistas, a nave ainda estaria vagando pela heliosfera, região do espaço dominada pelo Sol e seu vento, composta por partículas energéticas; ou seja, fora do espaço interestelar. Para comprovar essa teoria, os cientistas desenvolveram um estudo, publicado na Geophysical Research Letters. Ele afirma que, se a nave detectar uma mudança no campo magnético nos próximos dois anos, comprovará sua presença na heliosfera. Entretanto, se a mudança no campo magnético não ocorrer, a confirmação de que a Voyager I cruzou o limite interestelar será definitiva.
O professor George Gloeckler, um dos autores da denominada “prova final” explica de forma simples e direta: “Trajetórias são demonstradas com movimento”. O cientista, que desde 1972 trabalha na missão Voyager diz que a mudança de campo magnético não foi observada, apesar de a nave haver dado diversos sinais de haver chegado ao espaço interestelar, com a exposição a raios cósmicos, por exemplo. As gêmeas, Voyager I e II foram lançadas em 1977 para explorar Júpiter e Saturno. Apesar dos debates com relação ao seu paradeiro atual, não há dúvidas que a Voyager I chegou muito mais longe do que se imaginava.
Fonte e imagens: NASA e The conversation
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