Na invernada
Dalinha Catunda
Quando finda a estiagem
Quando chove no sertão
Tudo fica diferente
Brota logo a plantação
A chuva cai todo dia
Biqueira faz melodia
Quando o pingo cai no chão.
Relâmpago risca o céu
Vejo o corisco brilhar
O barulho do trovão
Não chega a me assustar
Por detrás do nevoeiro
A serra some ligeiro
Parecendo se encantar
A brisa que sopra mansa
Logo vira vento forte
Nos braços da ventania
Cai a chuva muda a sorte
Cheiro de terra molhada
Anuncia a invernada
Novo rumo, novo norte.
A caatinga se refaz
Faz mágica a natureza
A grota enche o açude
Na foça da correnteza
O rio bota enchente
Meu olhar segue a corrente
Perde-se na boniteza.
http://bardeferreirinha.blogspot.com.br/
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