Furacão Patricia ameaça México com 'consequências potencialmente catastróficas'
O México se prepara para enfrentar o mais forte furacão já registrado nas Américas,
que traz consigo um "potencial catastrófico".
Segundo o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos, o Patricia já provocou
na tarde da última quinta-feira ventos de 240km/h e alcançará a categoria
5 – o nível mais alto da escala Saffir-Simpson.
São esperados ventos de até 325km/h, que seriam fortes o suficiente para "fazer
um avião ir pelos ares e mantê-lo voando", segundo a Organização Meteorológica
Mundial, que comparou a intensidade do Patrícia à do tufão Haiyan, que matou
6,3 mil pessoas nas Filipinas em 2003.
A Secretaria de Governo do México declarou estado de "emergência extraordinária"
em várias localidades dos Estados de Colima, Nayarit e Jalisco com a iminente
chegada do furacão. Cerca de 400 mil pessoas vivem nas áreas consideradas
vulneráveis ao furacão.
"Os prognósticos seguem indicando que a zona de impacto do olho do furacão será
o Estado de Jarisco", explicou o diretor da Cmissão Nacional da Água, Roberto Ramírez
de la Parra. "É muito provável que esse furacão seja o mais intenso que já existiu na
parte do Pacífico do nosso país."
O México normalmente enfrenta tempestades tropicais vindas tanto do Atlântico
quanto do Pacífico nesta época do ano e já começou a evacuar as áreas
que serão potencialmente mais afetadas pelo Patrícia, tirando cerca de 50 mil
pessoas da zona costeira.
O Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos alerta que enchentes,
deslizamentos de terra e grandes ondas poderão ocorrer. "O Patricia
deverá ser extremamente perigoso quando tocar a terra", afirmou a
organização americana.
As autoridades mexicanas preparam albergues para atender 295 mil pessoas,
e aulas foram suspensas em escolas de vários Estados.
Além disso, o governo aconselhou que turistas não viajem para a região.
O centro turístico de Puerto Vallarta, em Jalisco, pode ser diretamente
afetado pelo furacão.
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