quarta-feira, 22 de abril de 2015

UM PRIMEIRO OLHAR PARA O SECRETARIADO DE ROBINSON FARIA

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Após quase quatro meses de governo, as usuais reclamações de aliados por cargos na máquina estadual já pipocam nos bastidores da política potiguar. A eterna disputa entre as facções petistas do deputado estadual Fernando Mineiro e da senadora Fátima Bezerra, por exemplo, já fornece combustível para as pressões por cargos. Não só pessoas ligadas à parlamentar resmungam contra os espaços obtidos por Mineiro, como figuras vinculadas a outros partidos imaginam que o PT ocupa posições demais na atual gestão. Alguns dirigem, por sinal, suas baterias contra o deputado, que ocupa a posição de líder do governador na Assembleia Legislativa.
Esse tipo de pressão não chega a surpreender, mas vale a pena examinar a roupagem adotada por parte dos queixosos na emissão de suas insatisfações. Em particular, a distribuição de postos no secretariado do governo estadual merece reflexão a partir do referido exame. As queixas têm fundamento na realidade? A resposta é, com algumas qualificações, negativa. Observemos o perfil partidário neste momento do secretariado de Robinson Faria. Considero aqui para efeito de primeira análise apenas os 25 cargos do primeiro escalão da administração direta do estado. Este seria, em rigor, o secretariado. Qual é a fisionomia partidária da distribuição dos 25 postos?
Minha contagem, de caráter preliminar, indica que o perfil é tudo menos “partidário”. Do total de secretários, nada menos que dezesseis (64%) têm histórico técnico, não sendo filiados a qualquer partido político. Apenas PT (5), PSD (2), PCdoB (1) e PSDB (1) possuem secretários. Esta primeira análise revela, portanto, dominância do PT apenas na reduzida cota partidária (36%) construída pelas decisões de nomeação do governador na administração direta estadual.
Sem dúvida, ainda é necessário analisar o quadro na administração indireta e os ubíquos cargos de segundo e terceiro escalão, assim como o fato de que certas indicações técnicas contêm elementos políticos. O cenário parece ser, no entanto, de restrição às nomeações de aliados partidários. Esta restrição não deriva do espaço ocupado pelos petistas, e sim da imensa cota técnica gerada por Robinson Faria a partir de seu compromisso de campanha com este perfil de governo.
http://www.opotiguar.com.br/

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