domingo, 9 de junho de 2013

Tema Astrônomo Amador : Robô Curiosity, da Nasa, parte para explorar monte em Marte

Reuters

O robô Curiosity, da Nasa, está a caminho do monte Sharp, o alvo principal de uma missão de dois anos para procurar habitats nos quais poderia ter existido vida, disseram especialistas nesta quarta-feira.
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Pedra na cratera Gale deve ser estudada em Marte antes de a Curiosity partir para seu último destino, o monte Sharp
O jipê-robô aterrissou dez meses atrás numa área de cratera gigante perto da linha do equador do planeta, um local escolhido por causa de rochas em camadas, de 5 quilômetros de altura. Em vez de ir diretamente para o monte Sharp, os cientistas queriam explorar uma área na direção oposta, onde imagens tiradas da órbita mostraram três tipos diferentes de rochas se unindo.
O Curiosity perfurou uma amostra a partir de uma laje de rocha e imediatamente atingiu poeira. As análises mostraram que continha seis elementos necessários para a vida microbiana - hidrogênio, carbono, oxigênio, nitrogênio, enxofre e fósforo - mais água que não tinha sido muito ácida nem muito salgada.
Após um intervalo de um mês causado por um bloqueio de comunicações pelo sol, no mês passado o jipê-robô dirigiu cerca de 2,7 metros e perfurou outra pedra de argila. A análise da amostra ainda não foi concluída, disse o cientista Joy Crisp, do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa em Pasadena, Califórnia, em declaração a repórteres em uma teleconferência nesta quarta-feira.
Na segunda-feira, os cientistas enviaram comandos para o robô se movimentar e começar a dirigir rumo à base do monte Sharp, localizada cerca de oito quilômetros a sudoeste de sua posição atual.
Vai ser uma viagem lenta e tortuosa. Estão programadas pelo menos três paradas para os estudos científicos, incluindo medições para determinar o quanto mais seca a região fica à medida que o Curiosity se afasta da baía Yellowknife Bay, área de baixa altitude onde realizou suas primeiras investigações.
"Vamos manter nossos olhos abertos enquanto dirigimos e se, de fato, passar por algo que seja incrível, nós realmente podemos retornar e averiguar, mas não há nada que estejamos vendo, da órbita, que seja algo como uma evidência superconvincente de que haja vida ou algo parecido com isso", disse Crisp.
"O que temos é um desejo real de chegar ao monte Sharp", acrescentou.

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