terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Tema Astrônomo Amador : Viagem a Marte acontecerá até 2040, prevê astronauta Buzz Aldrin Segundo homem a pisar na lua fala sobre programa espacial na Campus Party

Buzz Aldrin

A lua não é suficiente para Buzz Aldrin, companheiro de viagem de Neil Armstrong e ex-tripulante da famosa Apollo 11. Em palestra na sexta edição da Campus Party, nesta terça-feira, 29, o astronauta compartilhou suas experiências e defendeu viagens a Marte.

“Meu foco, hoje, é uma viagem a Marte e o sonho de chegar lá está mais próximo de se tornar realidade graças à sonda Curiosity, que está nos mostrando a superfície do planeta", diz. Segundo ele, as excursões ao Planeta Vermelho serão possíveis entre 2035 e 2040. "Nosso futuro espacial está lá (em Marte)".

Aldrin defende que o Programa Espacial é importante principalmente graças às inovações e avanços tecnológicos que ele traz consigo. “Chegando ao espaço nós melhoramos a vida para todos aqui na Terra”, defende.

O astronauta deve lançar em maio, pela National Geographic, o livro “Mission to Mars: My Vision for Space Exploration”, valorizando suas teses sobre viagens interplanetárias.

Questionado sobre a importância de sua ida à lua e da Corrida Espacial para o fim da Guerra Fria, Aldrin considerou a conquista essencial. “Essa foi uma solução pacífica para a catástrofe nuclear. Eu espero que no futuro consigamos outras soluções pacíficas contra outras possíveis guerras nucleares”, opinou. 

O homem na lua

Aldrin foi o segundo homem a pisar na lua. A razão para que Neil Armstrong, e não ele, ter sido o primeiro a encostar no solo é bem simples: “Neil estava mais perto da porta”, brinca. “Quando desci, a única palavra que veio a minha cabeça foi `desolação’, ’uma magnífica desolação sem vida naquele terreno áspero”, conta.

O astronauta conta que foi escolhido pela Nasa por causa de sua experiência como piloto de caça na Força Aérea Americana e de sua tese no MIT, que utilizava conceitos de pilotagem militar para o pouso na lua. 

Para Aldrin, a meta imposta à época pelo presidente Kennedy foi essencial para os EUA conquistarem o objetivo. “Tínhamos um líder corajoso e que nos dizia que era possível o homem chegar à lua”, conta.

O veterano também compartilhou os problemas que enfrentou após voltar à Terra. Ele diz que não conseguiu lidar com a fama e acabou afundando no alcoolismo. “Perdi uma década da minha vida, mas hoje estou há 35 anos sem beber”, comemorou, aplaudido.

Ao fim da palestra, Aldrin voltou a defender a importância do Programa Espacial, de uma viagem a Marte e das inovações que as futuras gerações devem procurar. “Podemos fazer isso [dar um grande passo no espaço] de novo e vocês podem conquitar isso na vida. Eu sou a prova viva disso!”, concluiu.


Fonte : olhardigital.uol.com.b

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