“Meu foco, hoje, é uma viagem a Marte e o sonho de chegar lá está mais próximo de se tornar realidade graças à sonda Curiosity, que está nos mostrando a superfície do planeta", diz. Segundo ele, as excursões ao Planeta Vermelho serão possíveis entre 2035 e 2040. "Nosso futuro espacial está lá (em Marte)".
Aldrin defende que o Programa Espacial é importante principalmente graças às inovações e avanços tecnológicos que ele traz consigo. “Chegando ao espaço nós melhoramos a vida para todos aqui na Terra”, defende.
O astronauta deve lançar em maio, pela National Geographic, o livro “Mission to Mars: My Vision for Space Exploration”, valorizando suas teses sobre viagens interplanetárias.
Questionado sobre a importância de sua ida à lua e da Corrida Espacial para o fim da Guerra Fria, Aldrin considerou a conquista essencial. “Essa foi uma solução pacífica para a catástrofe nuclear. Eu espero que no futuro consigamos outras soluções pacíficas contra outras possíveis guerras nucleares”, opinou.
O homem na lua
Aldrin foi o segundo homem a pisar na lua. A razão para que Neil Armstrong, e não ele, ter sido o primeiro a encostar no solo é bem simples: “Neil estava mais perto da porta”, brinca. “Quando desci, a única palavra que veio a minha cabeça foi `desolação’, ’uma magnífica desolação sem vida naquele terreno áspero”, conta.
O astronauta conta que foi escolhido pela Nasa por causa de sua experiência como piloto de caça na Força Aérea Americana e de sua tese no MIT, que utilizava conceitos de pilotagem militar para o pouso na lua.
Para Aldrin, a meta imposta à época pelo presidente Kennedy foi essencial para os EUA conquistarem o objetivo. “Tínhamos um líder corajoso e que nos dizia que era possível o homem chegar à lua”, conta.
O veterano também compartilhou os problemas que enfrentou após voltar à Terra. Ele diz que não conseguiu lidar com a fama e acabou afundando no alcoolismo. “Perdi uma década da minha vida, mas hoje estou há 35 anos sem beber”, comemorou, aplaudido.
Ao fim da palestra, Aldrin voltou a defender a importância do Programa Espacial, de uma viagem a Marte e das inovações que as futuras gerações devem procurar. “Podemos fazer isso [dar um grande passo no espaço] de novo e vocês podem conquitar isso na vida. Eu sou a prova viva disso!”, concluiu.
Fonte : olhardigital.uol.com.b
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